sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Defesa de Bruno afirma que outros envolvidos também foram colocados no "Saco" por Delegados.


Advogados querem também que vídeos sejam anexados ao processo.
Juíza analisa pedidos, no fórum de Contagem.

O advogado do goleiro Bruno, Ércio Quaresma, disse, nesta sexta-feira (5), que o inquérito que investiga o desaparecimento e morte de Eliza Samudio “está contaminado” e fez apelo para que os delegados sejam ouvidos sobre as denúncias de tortura. "Nós temos que pedir a juíza que os delegados sejam ouvidos”, falou Quaresma, na entrada do fórum de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, onde a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues presidente audiência para ouvir duas testemunhas.

Quaresma afirmou que tem certeza que alguns réus foram torturados. "Eu não tenho dúvidas que o Sérgio, a Dayanne e o Macarrão foram torturados. A tortura não aconteceu durante o depoimento não. No ato do depoimento ninguém é torturado. A coisa acontece antes", disse. Nesta quarta-feira (3), no fórum de Ribeirão das Neves, também na Grande BH, Sérgio Rosa Sales disse que foi torturado pelo delegado Edson Moreira e teve que mentir em depoimentos e na reconstituição da estada de Eliza no sítio de Bruno, em Esmeraldas, também na Grande BH. A declaração foi negada pelo delegado.

Logo no início dos trabalhos nesta sexta (5) no fórum de Contagem, a juíza pediu uma pausa de um hora para analisar pedidos da defesa. A previsão é que a sessão seja retomada ainda nesta manhã. A promotoria explicou que advogados presentes pediram que vídeos e reportagens veiculados pela imprensa sobre o caso Eliza sejam anexados ao processo. E que a partir disso, algumas testemunhas sejam chamadas para prestar novo depoimento. A defesa pediu ainda, segundo a promotoria, que os delegados que haviam sido arrolados como testemunhas e que foram dispensados sejam chamados para depor.

A Polícia Civil divulgou uma nota à imprensa nesta quarta-feira (3), sobre as denúncias de Sales. Leia a nota na íntegra:

"Acerca das denúncias de tortura feitas por Sérgio Rosa Sales, indiciado no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, a Políca Civil
informa:

O advogado Marco Antonio Siqueira, que atuou como defensor de Sérgio Rosa Sales, acompanhou os depoimentos dos indiciados durante o inquérito policial, inclusive procedimentos como acareações, tendo assinado o documento com as declarações tomadas. Em nenhum momento o indiciado sofreu algum tipo de constrangimento.

Além do advogado de defesa, Marco Antonio Siqueira, o processo teve acompanhamento de representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), inclusive nos depoimentos e acareações."

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