quinta-feira, 15 de março de 2012

Professores de escolas públicas entram no 2º dia de paralisação




Veja logo abaixo um pool de imagens do movimento das professoras em Pompéu clicando abaixo.

5 de março de 2012  09h55  atualizado às 10h02


Professores de Curitiba (PR) sairam às ruas na quarta-feira para protestar por mais investimento na educação. Foto: Fernando Gonçalves/Futura Press
Professores de Curitiba (PR) sairam às ruas na quarta-feira para protestar por mais investimento na educação
Foto: Fernando Gonçalves/Futura Press
A paralisação nacional de professores de escolas públicas entra nesta quinta-feira, 15 de março, no segundo dia. Quase quatro anos após o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionar a lei que instituiu o piso nacional do magistério, professores de todo o País organizam mobilizações para cobrar o cumprimento da lei.
De acordo com o CNTE, ontem escolas das redes estaduais e municipais de 23 estados e o Df paralisaram suas atividades. Os três estados que não foram afetados pelo movimento na quarta-feira são Espírito Santo, Rio de Janeiro e Santa Catarina. A greve nacional da educação segue até sexta.
Em Santa Catarina, as aulas da rede estadual serão suspensas nesta quinta-feira para a realização de uma assembleia, que pode definir uma nova greve. O sindicato aguarda uma nova proposta do governo. A classe pede um reajuste de 22,22%, retroativo a janeiro. Outra reinvindicação existente desde 2011 é a chamada alteração da tabela salarial, que foi achatada (o que significou o corte de alguns benefícios) para que o governo catarinense cumprisse o piso salarial nacional.
Em nota, a Secretaria de Educação de SC questionou a paralisação e ameaçou punir os professores com falta.
No dia 27 de fevereiro deste ano, o Ministério da Educação (MEC) anunciou o novo piso nacional do magistério, segundo reajuste de 22% calculado com base no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo levantamento da CNTE, apenas os Estados de São Paulo, Pernambuco, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Goiás e o Distrito Federal pagam aos seus professores o piso nacional de R$ 1.451,00 definido pela lei. "A confirmação feita pelo MEC do reajuste do piso em 22% deu muito gás ao nosso movimento. Os professores estão cada vez mais conscientes sobre o dinheiro público e sabem que há condições para cumprir com a lei. O piso do magistério provocou isso: uma ampla mobilização pela valorização da educação", afirma a representante da confederação.
Presidente do sindicato dos professores no Rio Grande do Sul (Cpers-Sindicato), a professora Rejane Oliveira concorda que os educadores estão mobilizados em torno da lei do piso. No Estado que paga o menor valor aos educadores do País - R$ cerca de R$ 800 - a categoria deve se reunir em frente ao Palácio Piratini, sede do Executivo, para cobrar do governador Tarso Genro (PT) uma proposta de reajuste que cumpra com o valor estipulado pelo MEC. "O governador, como Ministro da Justiça em 2008, assinou a lei do piso e, quando era candidato ao governo, disse que iria cumprir a lei sem mexer no plano de carreira. Estamos esperando que honre a promessa", diz Rejane.
O governo estadual apresentou uma proposta de pagar R$ 1.260,00 até 2014, o que foi recusado pela categoria. Além do impasse no Rio Grande do Sul, em outros quatro Estados os professores já aderiram à greve como forma de pressionar os governantes. Em Goiás, Rondônia e Piauí a paralisação teve início em fevereiro. Já no Distrito Federal a mobilização foi iniciada na última segunda-feira, para cobrar a equivalência do salário dos professores com outros servidores distritais.
Investimento de 10% do PIB na educação
Além da luta nacional pelo salário de R$ 1.451,00, os professores cobram ainda que 10% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas as riquezas do País, seja investido em educação. A meta do governo federal no Plano Nacional da Educação (PNE) é estipular esse valor em 7% do PIB. "Não podemos aceitar que em um País que já se tornou a sexta economia mundial a educação ainda não seja tratada com prioridade. Esse é o momento dos governos repensarem o papel do educador, se não daqui poucos anos não vai mais haver professor em sala de aula, porque o interesse pela carreira está cada vez menor", afirma a secretária-geral da CNTE.
A categoria ainda luta para que os Estados cumpram com outra norma definida pela lei do piso: que um terço da carga horária dos docentes seja destinada para atividades extraclasse, como cursos de capacitação, correção de provas e preparação de conteúdos. Sobre esse dispositivo, levantamento dos sindicatos aponta que apenas o Acre, Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Paraíba, Rondônia, Sergipe seguem a regra.
Informações sobre a agenda da mobilização dos educadores em cada Estado pode ser conferida no site daCNTE.

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