quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Polícia faz reconstituição da morte de primo do goleiro Bruno em BH


05/09/2012 09h18 - Atualizado em 05/09/2012 11h31

Delegado disse que casal suspeito de cometer o crime está preso.
Morte teria sido causada por 'cantada'.

Pedro TriginelliDo G1 MG
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A Polícia Civil faz, na manhã desta quarta-feira (5), a reconstituição da morte do primo do goleiro Bruno, Sérgio Rosa Sales. O delegado Alexandre Campbel confirmou durante entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (4), que um casal está preso em Belo Horizonte por suspeita de cometer o crime. Segundo o delegado, a mulher contou para o amante que Sérgio a teria 'cantado'. Segundo Campbel, o casal não conhecia o primo do goleiro Bruno e, tampouco, sabia do envolvimento dele com o caso Eliza Samudio.
Polícia reconstitui morte de Sérgio Sales, primo do goleiro Bruno (Foto: Pedro Triginelli/G1)Polícia reconstitui morte de Sérgio Sales, primo do goleiro Bruno (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Sérgio Sales era considerado testemunha-chave no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio. Ele era um dos oito réus na ação, e foi morto no dia 22 de agosto, no bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte. Eliza, ex-namorada do goleiro, foi morta, segundo a polícia, em junho de 2010. O corpo dela nunca foi encontrado. 
De acordo com a polícia, a reconstituição começou na casa da mulher suspeita, no bairro Aarão Reis, também na Região Norte da capital. Os investigadores refizeram o trajeto de Denilza Cezário da Silva, de 30 anos, uma das suspeitas. Segundo o delegado, ela levou o amante, Alexandre de Oliveira, de 28, até a casa de Sérgio, no bairro Minaslândia.
Alexandre e Denilza, suspeitos de matar Sérgio Rosa Sales, durante reconstituição (Foto: Pedro Triginelli/G1)Alexandre e Denilza, suspeitos de matar Sérgio Rosa Sales, durante reconstituição (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Durante a encenação, a suspeita contou que, no dia anterior ao crime, ela foi "cantada" por Sérgio próximo à sua casa. Denilza relatou aos policiais que, ao voltar do trabalho, Sales disse que a esperaria no mesmo local, no dia seguinte [do crime]. Segundo o delgado, ela contou que pediu ao amante que a acompanhasse até o supermercado, onde Sérgio disse que estaria, e  Alexandre ficou observando de longe. Ainda segundo a descrição da mulher, Sérgio tentou abraçá-la e o amante "partiu para cima" dele. Denilza ressaltou que depois disso foi trabalhar.
Carlos Alberto Sales, pai de Sérgio Sales, acompanha o trabalho da polícia (Foto: Pedro Triginelli/G1)Carlos Alberto Sales, pai de Sérgio Sales, acompanha o
trabalho da polícia (Foto: Pedro Triginelli/G1)
Campbel contou em entrevista coletiva nesta terça que a mulher, Denilza Cezário da Silva, de 30 anos, relatou que Sérgio "fez gracejos" para ela no dia 21 de agosto, próximo ao local onde o primo do goleiro Bruno morava. Ela contou o ocorrido para o amante, Alexandre Ângelo de Oliveira, de 28 anos. No dia seguinte, os dois foram, em uma moto, até as proximidades da casa da vítima. Denilza desceu do veículo e continuou o caminho sozinha. O amante a acompanhou de longe. Segundo o delegado, Sales repetiu os “gracejos” e, a partir deste momento, Oliveira se aproximou. Logo em seguida, ele deu os primeiros disparos contra Sales, que tentou fugir. Alexandre Ângelo de Oliveira o perseguiu, até que o primo de Bruno tentasse pular um muro, momento em que o amante efetuou os outros disparos. Segundo Campbel, o casal não conhecia o primo do goleiro Bruno e, tampouco, sabia do envolvimento dele com o caso Eliza Samudio.
Alexandre de Oliveira tem passagens pela polícia por tráfico de drogas. Denilza é casada, tem quatro filhos, é trabalhadora e não tinha passagem pela polícia. O caso entre eles teria começado há seis meses. Os dois vão responder por homicídio qualificado, segundo o delegado. A moto que foi usada no crime e os capacetes dos dois suspeitos foram apreendidos. A arma não foi encontrada pela polícia. Os dois cumprem prisão temporária. O delegado não informou para onde os detidos seriam encaminhados. Segundo ele, o local não poderia ser revelado para não prejudicar as investigações.
Caso Eliza Samudio
O goleiro Bruno Fernandes e mais sete réus foram pronunciados a júri popular no processo sobre o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do jogador. Para a polícia, Eliza foi morta em junho de 2010 na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e o corpo nunca foi encontrado.
Após um relacionamento com o goleiro Bruno, Eliza deu à luz um menino em fevereiro de 2010. Ela alegava que o atleta era o pai da criança. Atualmente, o menino mora com a mãe da jovem, em Mato Grosso do Sul.
O goleiro e o amigo Luiz Henrique Romão vão a júri popular por sequestro e cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver. A Justiça havia atribuído as mesmas acusações a Sérgio Rosa Sales, mas ele respondia o processo em liberdade desde 2008. Já o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos também está preso e vai responder no júri popular por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Na fase de inquérito sobre o desaparecimento e morte de Eliza, Sales e outro primo do goleiro Bruno – Jorge Luiz Rosa, 19 anos – contribuíram com informações à polícia. Segundo a investigação, eles estiveram com Eliza no sítio do jogador, em Esmeraldas (MG). Atualmente, Rosa cumpre medida socioeducativa, pois foi apreendido quando ainda era adolescente.
Dayanne Rodrigues, ex-mulher do goleiro; Wemerson Marques, amigo do jogador, e Elenílson Vítor Silva, caseiro do sítio em Esmeraldas, respondem pelo sequestro e cárcere privado do filho de Bruno. Já Fernanda Gomes de Castro, outra ex-namorada do jogador, responde por sequestro e cárcere privado de Eliza e do filho dela. Eles foram soltos em dezembro de 2010 e respondem ao processo em liberdade. Flávio Caetano Araújo, que chegou a ser indiciado, foi inocentado.
Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), não há previsão de data para o julgamento do caso Eliza Samudio.
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