segunda-feira, 13 de maio de 2013

Briga interna na Polícia Civil do Rio expõem o que todos sabiam que acontecia mas que ninguem podia ver.

'Princípio da Polícia Civil é prender e não matar', disse Martha Rocha.

Tiroteio em comunidade da Zona

O trabalho não termina hoje, como também não começou hoje', afirmou a delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil do Rio

A delegada Martha Rocha, chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, emitiu um comunicado oficial na noite deste domingo (12) sobre a operação da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) em 2012 na Favela do Rola, em Santa Cruz, Zona Oeste da cidade, que deixou cinco mortos. Na ocasião, uma das vítimas, que estava desarmada, teve o corpo carregado para um bar onde estavam as armas e outros mortos pela operação. No texto, ela promete punir "erros e excessos"."Todas as providências para apurar as circunstâncias da operação da Coordenadoria de Recursos Especiais na Favela do Rola foram tomadas tão logo tomei conhecimento do caso. A Chefia de Polícia Civil não compactua com erros nem excessos que terão punição exemplar, a partir do trabalho da Corregedoria Interna da Polícia Civil", escreveu.A Corregedoria assumiu as investigações sobre a ação, conforme mostrou o Jornal Nacional no sábado (11). Um vídeo divulgado pelo Jornal Extra mostra policiais civis levando para o local de um tiroteio, o corpo de um homem morto encontrado em outro lugar.Leia a nota na íntegra: "Todas as providências para apurar as circunstâncias da operação da Coordenadoria de Recursos Especiais na Favela do Rola foram tomadas tão logo tomei conhecimento do caso. A Chefia de Polícia Civil não compactua com erros nem excessos que terão punição exemplar, a partir do trabalho da Corregedoria Interna da Polícia Civil. Para dar agilidade ao caso, a Corregedoria também assumiu a investigação dos cinco homicídios provenientes de auto de resistência. Laudos periciais e depoimentos serão analisados com rigor, assim como o tipo de armamento utilizado, o socorro aos feridos e a não preservação do local do crime. A Polícia Civil tem o mesmo interesse da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, que é a busca pela verdade. O papel do policial é proteger vidas e agir dentro da lei. O princípio da Polícia Civil é prender e não matar. "Operação Em 16 de agosto de 2012, dois helicópteros sobrevoavam a Favela do Rola em busca de traficantes. Durante a operação, os criminosos se refugiaram no interior de um bar e começaram a atirar em direção à aeronave. Os policiais revidaram. Um dos helicópteros era pilotado pelo comandante Adonis.O tiroteio durou cerca de seis minutos. O helicóptero desceu e os policiais continuaram a gravar a ação com uma câmera colocada no capacete de um deles. Três corpos foram encontrados em um bar. Contudo, havia um homem morto em outra localidade. No vídeo, o policial confirma que ele não estava armado e os policiais do Core carregam o corpo deste homem por cerca de 70 metros e o deixa no bar em que estavam os outros mortos e as armas.Em nota, a chefia da Polícia Civil afirmou que o caso foi registrado como homicídio proveniente de auto de resistência e não fez distinção entre os criminosos armados e o homem encontrado na casa. No dia 16 de agosto do ano passado, a nota da polícia, entretanto, não mencionava mortes, dizia apenas que cinco suspeitos haviam sido baleados.A Polícia Civil afirmou, na noite de sábado (11), que três dos cinco mortos na operação tinham antecedentes criminais, contudo, declarou que não era possível confirmar, neste mesmo dia, se o homem arrastado estaria entre estes três homens.Disputa Segundo o Jornal Nacional, o vídeo é exposto em um momento de disputa interna na Polícia Civil. A briga envolve o subchefe operacional da Polícia Civil, Fernando Veloso, o piloto Ronaldo Ney Barbosa Mendes e Adonis Lopes de Oliveira, ex-comandante do SAER, que é o setor responsável pelas operações aéreas da Polícia Civil.Desde julho de 2012, Ney está afastado por Adonis devido a excesso de faltas ao trabalho. A Corregedoria abriu sindicância para apurar essas faltas.Ronaldo Ney também é investigado pelo Ministério Público por supostamente ter ficado com R$ 120 mil de um grupo de alunos que pagou por aulas de pilotagem, que não foram dadas. Procurado, Ney não foi encontrado para comentar as acusações.

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