quinta-feira, 5 de março de 2015

To: Greve da Polícia Civil chega ao nono dia de paralisação

Serviços considerados não essenciais continuam suspensos.

Greve foi declarada ilegal pela Justiça.

Do G1 TO
Porta da SSP foi tomada por policiais civis, em Palmas (Foto: Monique Almeida/G1)Greve da Polícia Civil do Tocantins já está no nono dia (Foto: Monique Almeida/G1)
A greve da Polícia Civil no Tocantins chega ao nono dia nesta quinta-feira (5). Os servidores cobram do governo a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007, pelo governador Marcelo Miranda (PMDB). Segundo informações do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO), a categoria ainda não recebeu do Estado uma proposta concreta. Aproximadamente 1,3 mil policiais aderiram ao movimento e apenas 30% do efetivo continua trabalhando para manter os serviços considerados essenciais.
O presidente do Sinpol-TO, Moisemar Marinho, afirmou que o movimento grevista não vai recuar, apesar da paralisação ter sido declarada ilegal pela Justiça. "Enquanto não houver uma proposta concreta a ser aceita pelos policiais, a greve não vai parar", destacou.
A greve inclui os agentes que atuam nos presídios, nos Institutos Médico Legais (IML) e na Secretaria de Segurança Pública, sendo escrivães, agentes penitenciários, agentes de necrotomia e papiloscopistas.

Ataques a ônibus, protesto e tumulto
Serviços paralisados

O sistema prisional é um dos mais afetados pela greve. As visitas, entregas de alimentos, escoltas para audiências, visitas de advogados, entre outros, são serviços que estão paralisados há nove dias e cuja falta têm provocado a revolta de muitos presos.
Na última sexta-feira (27) e sábado (28), em Palmas, dois ônibus foram incendiados em ataques a mando de presos da Casa de Prisão Provisória (CPP) da capital. Em Araguaína, na segunda-feira (2), três ônibus foram destruídosem um ataque que também teria sido coordenado de dentro dos presídios.
Já em Gurupi, na última terça-feira (3), os presosqueimaram colchões em protesto e pediram a volta das visitas na CPP.
Nesta quarta-feira (4), na CPP de Palmas, 30 presos se envolveram em uma briga durante o banho de sol e três deles precisaram ser enviados ao hospital. Com a greve da polícia, nenhum agente interviu no tumulto.
Fogo e fumaça podem ser vistos na Casa de Prisão Provisória de Gurupi (Foto: Rogério Rodrigues/Divulgação)Fogo e fumaça durante queima de colchões na
Casa de Prisão Provisória de Gurupi
(Foto: Rogério Rodrigues/Divulgação)
Greve
A greve dos policiais civis que começou no último dia 25 de fevereiro tem como principal reivindicação a equiparação salarial que teria sido concedida ainda em 2007. O governo doTocantins suspendeu as promoções e progressões concedidas para os servidores estaduais em 2014, na gestão do ex-governador Sandoval Cardoso (SD).
A medida concedida em 2007 foi regulamentada em abril de 2014, no governo de Sandoval, através da Lei 2.851 e cancelada no dia 11 de fevereiro quando o governo deMarcelo Miranda (PMDB) suspendeu promoções e progressões concedidas ao servidores publicados no Diário Oficial do Estado (DOE).
Segundo o Sinpol, a categoria quer que os policiais sejam reconhecidos como profissionais de nível superior, contudo atualmente no estado não são tratados financeiramente como tal. Ainda conforme o sindicato, ainda não houve nos últimos dias outra tentativa de acordo por parte do governo do estado para tratar o assunto. 
Resposta do governo
G1 entrou em contato com o governo do Estado para saber que medidas serão tomadas sobre a greve, que foi declarada ilegal pela Justiça, mas até a publicação desta reportagem, às 10h, não recebeu uma resposta.

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