domingo, 29 de maio de 2016

Delegado que contrariou a imprensa e não prendeu sem provas é afastado do caso do estupro coletivo de jovem no Rio

Alessandro Thiers

Advogada que defende a vítima comemorou o afastamento de Alessandro Thiers; mesmo com vídeo, o delegado, que não pediu a prisão dos suspeitos, disse que o crime precisa ser comprovado


VITÓRIA DAS MULHERES!!!!
O Delegado Alessandro Thiers da DRCI não é mais o encarregado pela investigação do estupro coletivo!
A medida foi determinada pela juíza do plantão noturno do Tribunal de Justiça, a qual determinou o desmembramento do inquérito para que as investigações sejam, daqui por diante, conduzidas pela Delegacia da Criança Vítima - DCAV.





AGÊNCIA BRASIL

A advogada Eloisa Samy Santiago, que defende a menor de 16 anos 
que sofreu estupro coletivo há uma semana no Rio, comemorou nas 
redes sociais o afastamento do delegado Alessandro Thiers, titular da 
Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI) ,do caso.




Em post no Facebook, sob o título "Vitória das Mulheres". a advogada
 informou que a medida foi tomada pela juíza do plantão noturno do 
Tribunal de Justiça, a qual determinou o desmembramento do inquérito para que as investigações sejam, daqui por diante, conduzidas pela Delegacia da Criança Vítima - DCAV.




Antes da decisão, Samy já tinha pedido o afastamento do delegado, 
que liberou os suspeitos após depoimentos. "A polícia só vai pedir 
algum tipo de prisão se for comprovada a existência do crime e se
 houver necessidade", afirmou o delegado Thiers à "Folha de S. Paulo". 
Em entrevista ao "El País", a advogada rechaçou os comentários de 
Thiers e a condução do caso. "A palavra da vítima da basta em caso 
de estupro de uma mulher. Se tivesse sido um furto de celular, de um
 relógio, isso não aconteceria. O que precisava além do vídeo que 
mostrando a moça desacordada, nua, para que a palavra da vítima
 fosse reconhecida e legitimada? As imagens são cristalinas", disse Samy.



O estupro coletivo ocorreu há cerca de uma semana, no morro São José
 Operário, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro, na zona oeste 
da cidade. Um vídeo mostrando o crime foi divulgado na última quarta-feira 
(25), na internet, por um dos 33 homens que participaram da violência. 
Eloisa Samy Santiago defende a menor junto com a advogada Caroline Bispo.

Com a decisão, e consequente desmembramento do inquérito, foi tomado,
 segundo a advogada, pelo juiz do plantão judiciário, na madrugada de hoje
Assim, a DRCI ficará encarregada de investigar o vazamento das imagens
 do estupro nas redes sociais, enquanto que o caso envolvendo o estupro 
coletivo da menor vai para a Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (DCAV).

E SE NÃO HOUVE ESTUPRO? A ESTRANHA HISTÓRIA DE POLICIAIS QUE RESPEITAM A LEI. HERÓIS OU VILÕES?


GGN - Quem são esses policiais que investem contra a manada, que colocam em dúvida a palavra de um presidente interino, de um Ministro do Supremo, de um prefeito da capital, que ignoram o clamor nacional pela punição dos trinta e três animais que estupraram uma jovem?

Quem são esses policiais, que afrontam a lei de Talião que passou a imperar no país, que abdicam do dever de atirar primeiro e perguntar depois, que colocam em dúvida o supremo julgamento da opinião pública?

Quem eles pensam que são ao questionar a infabilidade da opinião pública, as verdades absolutas que ecoam do clamor das ruas, quem pensam que são para estragar as manchetes do dia e, pior, questionar a palavra de homens públicos impolutos? Onde pensam que estão: nos Estados Unidos, na Inglaterra, em algum país nórdico, em algumas dessas excentricidades pós-iluminismo – que rezam que ninguém pode ser condenado sem direito a defesa -, da qual o Brasil abdicou já há um bom tempo?

Presidente interino de uma bancada que não reconhece direitos mínimos das mulheres, político que extinguiu a Secretaria das Mulheres, Michel Temer veio a público se indignar, posar para a foto e anunciar a criação de uma delegacia para mulheres na Polícia Federal. Pura demagogia de quem sabe que crimes contra mulheres ocorrem no ambiente local.

Ministro do STF que concedeu habeas corpus a um médico acusado de centenas de estupros, capaz das maiores extravagâncias midiáticas, Gilmar Mendes aproveitou o episódio para mostrar que é humano. E franziu ainda mais o cenho, acentuou ainda mais o esgar assustador, para dar mais ênfase à sua suposta indignação.

Prefeito que indicou para sucessor um secretário acusado de espancar a esposa, Eduardo Paes chegou a colocar o símbolo das lutas feministas em seu perfil no Facebook.

Com engulhos, li essas manifestações de hipocrisia, e também me emocionei com as manifestações das mulheres, especialmente de minhas filhas, defendendo o feminismo como a grande barreira contra esses abusos do patriarcado.

Nesse festival em que se misturam a hipocrisia dos políticos, a justa manifestação das mulheres e a sincera repulsa da opinião pública em geral, podendo ser o centro das atenções, o grande vingador, o delegado Alexandre Thiers, da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática, tomou uma atitude inédita para um país em que delegados e procuradores atiram primeiro para perguntar depois: recusou-se a convalidar as acusações antes de ouvir os suspeitos e apurar os fatos (http://migre.me/tXu6e).

Mais surpreendente ainda, o chefe da Polícia Civil Fernando Veloso, também recomendou prudência:

-- Não podemos nos basear no "ouvi dizer". Só o exame de corpo de delito vai apontar se houve estupro ou não. O laudo pode trazer uma certeza ou uma dúvida.

E completou:

-- Na minha visão pessoal, sem ser o chefe da polícia, como pai, como marido, eu também penso assim: por que não está preso? Só que, como técnico, como operador de segurança pública, como delegado de polícia, eu pessoalmente sei que essas decisões são muito complexas. (...) Tenho certeza de que a polícia vai agir com todo o rigor necessário, mas nunca fora da lei.

Nas delegacias há uma tradição horrorosa de imputar culpa às vítimas de estupro. E, nos tribunais superiores, há sentenças rebatendo a condição de vulnerabilidade até de jovens de 12 anos. Logo, as declarações dos policiais poderiam ser apenas uma deplorável manifestação de machismo. Mas podem ser também sinal de cautela, ante as versões recolhidas.

Pode ser que, encerradas as investigações, se conclua pelo cometimento do crime. Nesse caso, os suspeitos merecerão o epíteto de animais que, espera-se, sejam condenados à pena máxima. Mas há uma hipótese do crime não ter sido cometido. Como é que fica?

Aqui no meu canto, lendo as notícias de jornais, longe dos fatos, minha alma se aquece com a constatação de que ainda existem operadores da Justiça, delegados que investigam antes de denunciar, ouvem os suspeitos antes de condenar, e conseguem superar o fascínio pelos holofotes.

Da mesma maneira que me anima a visão das novas feministas, as meninas, as jovens, as senhoras que se submeteram por décadas ao pior patriarcado, saírem da toca para defender bandeiras civilizatórias.

O caso Escola Base ocorreu porque um delegado quis perpetuar uma falsa versão que lhe garantia as manchetes gerais da mídia. Nesse episódio, os suspeitos eram pacatos donos e professores da escola. Agora, são traficantes, marginais, favelados.

Quando os agentes da lei conseguem entender que os direitos são valores em si, que independem dos suspeitos para serem respeitados, há uma réstia de esperança de que a barbárie não venceu.

Com os olhos do país sobre eles, se sua posição refletir qualquer desvio machista, for mera manifestação de preconceito, não sairão impunes. Sua cautela, portanto, é demonstração de coragem.

sábado, 28 de maio de 2016

Petistas cospem em Bolsonaro no Rio.





O deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) foi rechaçado na noite desse sábado ao chegar em evento na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, por manifestantes. Bolsonaro foi xingado e teve que ouvir palavras de ordem contra ele. O carro em que o parlamentar estava foi alvo de cuspes e precisou ser escoltado por policiais. Um dos gritos – ditos em coro contra ele -, foi o de “estuprador”.

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O deputado é conhecido por defender pautas de direita e foi o protagonista de homenagem ao torturador Alberto Brilhante Ustra, no dia em que a Câmara aprovou a admissibilidade do impeachment contra a presidente afastada Dilma Rousseff (PT). O vídeo, gravado de dentro do veículo em que ele estava, foi publicado nas redes sociais do parlamentar. 


Nas imagens é possível perceber que o parlamentar teve dificuldade para se safar do protesto. Uma das pessoas de dentro carro chega a pedir cuidado para o motorista por causa da quantidade de pessoas no local. Apesar disso, Bolsonaro afirmou em seu perfil no Facebook que a ação não atrapalhou a agenda. “Ativistas tentaram impedir meu acesso no Clube Português em Niterói/RJ. Não conseguiram e falei para quase mil pessoas no Clube”, postou. 

Além do cuspe, o veículo também recebeu socos e pontapés. Na narração do vídeo, uma das pessoas que estavam dentro do automóvel relata que pedras também foram arremessadas contra o carro
.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

PEC que desvincula perícia criminal das estruturas das polícias tará maior segurança para o cidadão.

A proposta institui a perícia criminal como órgão de segurança pública


Resultado de imagem para peritoA Câmara dos Deputados analisa a Proposta de Emenda à Constituição  (PEC) 117/15, que desvincula a perícia criminal das estruturas das polícias civis e federal.
De autoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigou as causas da violência, morte e desaparecimento de jovens negros e pobres no Brasil, a proposta institui a perícia criminal federal e a as perícias criminais dos estados e do Distrito Federal como órgãos de segurança pública.
Hoje a Constituição prevê apenas os seguintes órgãos de segurança pública: polícia federal; polícia rodoviária federal; polícia ferroviária federal; polícias civis; polícias militares e corpos de bombeiros militares.
Esclarecimento de homicídios
Segundo a deputada Rosangela Gomes (PRB-RJ), que foi relatora da CPI e assina a proposta, essa desvinculação poderia aumentar a taxa de esclarecimento de homicídios no País.
“A desvinculação da perícia oficial das estruturas orgânicas das polícias civis e federal são medidas urgentes de modernização da segurança pública brasileira, como forma de incrementar sua organização, assegurando uma gestão mais qualificada e específica da sua atividade”, disse.
A deputada explica que, enquanto a investigação policial foca na prova circunstancial, recolhida por meio de depoimentos de vítimas, testemunhas e suspeitos, a perícia foca na prova material, utilizando-se de análises científicas para examinar DNA, assinaturas, resíduos químicos, impressões digitais, armas de fogo, registro em computadores, entre outras. “A investigação policial adota uma tese ou linha investigativa; a perícia executa exames científicos que poderão confirmar ou derrubar linhas investigativas”, ressaltou.
Rosangela destacou ainda que em 18 estados brasileiros a perícia criminal já está estruturada de modo independente, fruto de iniciativas dos governos locais ou das assembleias legislativas.
Subordinação
Conforme a proposta, as perícias criminais serão subordinadas aos governadores dos estados e do Distrito Federal. À União, aos estados e ao Distrito Federal compete legislar concorrentemente sobre a organização, garantias, direitos e deveres das perícias. Ainda conforme o texto, lei federal disporá sobre a utilização, pelo Governo do Distrito Federal, da perícia criminal.
De acordo com a PEC, a perícia criminal federal, dirigida por perito criminal federal de carreira, organizado e mantido pela União e estruturado em carreira, será destinada a exercer, com exclusividade, as funções de polícia científica e de perícia oficial, de natureza criminal, da União. Já as perícias criminais dos estados e do Distrito Federal, dirigidas por perito oficial de carreira, serão incumbidas, ressalvada a competência da União, de exercer com exclusividade as funções de polícia científica e de perícia oficial.
Pelo texto, a função de perito oficial de natureza criminal será exercida por profissionais de nível superior, sujeitos a regime especial de trabalho e considerada atividade de risco.
Lei complementar
A PEC estabelece que, no prazo de 180 dias após a promulgação da Emenda Constitucional, caso a proposta seja aprovada, o presidente da República e os governadores dos estados encaminharão ao Poder Legislativo competente projeto de lei complementar dispondo sobre a separação da perícia oficial de natureza criminal das polícias civis e federal, sua organização e funcionamento.
Nos estados onde já houver estrutura dedicada às atividades de perícia, o governador encaminhará, no mesmo prazo, projeto de lei complementar compatibilizando a estrutura existente com o disposto na Emenda Constitucional. Até que seja publicada a lei complementar, os peritos criminais federais, da carreira policial federal, e os peritos oficiais de natureza criminal dos estados e do Distrito Federal continuarão exercendo suas atuais funções, com idênticos direitos, deveres e prerrogativas.
Proposta semelhante
Outra proposta de teor semelhante, que também confere autonomia à perícia criminal, já tramita na Câmara: a PEC 325/09. Já aprovada por comissão especial, esta PEC aguarda análise do Plenário da Casa.
Tramitação
A PEC 117/15 será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania quanto àadmissibilidade. Caso seja aprovada, será examinada por uma comissão especial criada especialmente para essa finalidade. Em seguida, será votada pelo Plenário.

terça-feira, 24 de maio de 2016

Nem a Tim escapa dos ladrões em Nova Serrana.

Eles levaram fios, rádio comunicadores e danificaram fibra óptica, diz PM.
Operadora ainda não comentou prejuízos e providências após o crime.

Anna Lúcia SilvaDo G1 Centro-Oeste de Minas
Uma base onde está instalada uma antena da TIM em  Nova Serrana foi furtada e danificada  na manhã desta segunda-feira (24). Segundo informações da Polícia Militar (PM), cabos de fibra óptica foram rompidos, fios e rádio comunicadores foram levados. O prejuízo foi estimado em R$ 200 mil, como consta no Boletim de Ocorrência da PM. O G1 solicitou uma nota da empresa para saber quais foram os prejuízos e providências, mas até o fechamento desta reportagem nenhuma resposta havia sido enviada.
A PM contou, após relatos de testemunhas, que cerca de três criminosos chegaram em um gol por volta das 9h e, em seguida, pararam em frente ao portão da base e, antes de entrarem no local, pediram para que o motorista de um carro que estava próximo à entrada fosse retirado. Ainca conforme a polícia, os criminosos tinham a chave do portão.
Ao entrarem na base, os criminosos começaram a retirar os cabos como se fossem funcionários da Tim. A PM acredita que nenhuma suspeita foi levantada pelo fato de o movimento neste horário ser comum no local. Os militares contaram que só foram acionados às 11h, depois que um funcionário chegou para trabalhar e notou a falta dos fios e os cabos danificados.
O técnico em telecomunicações Valdeir Ferreira é cliente da TIM e contou que ficou sem os serviços da empresa por mais de 10 horas e que o sinal foi restabelecido de madrugada. “Tentei usar o telefone até às 00h e não tinha voltado ainda, por isso penso que voltou depois, já que hoje pela manhã já tinha sinal no meu telefone”, comentou.
Cidades em serviço
Por telefone, a Polícia Militar disse que consta no boletim registrado que cerca de 70 cidades da região Centro-Oeste e outras regiões do estado ficaram sem serviços da operadora. Contudo, essa informação ainda não foi confirmada pela TIM, que não retornou ainda o contato da reportagem.
A Polícia Civil investiga o crime.

sábado, 21 de maio de 2016

Fã tenta matar Ana Hickmann e é morto a tiros por outro fã

 

Homem invadiu apartamento no Caesar Business e tentou atirar na apresentadora. Depois de acertar a concunhada de Ana, foi morto por um homem ainda não identificado






Na tarde desse sábado a cocunhada e assessora da apresentadora Ana Hickmann foi vítima de disparos por arma de fogo no Hotel Caesar Business, no bairro Belvedere, região Sul da capital. A mulher foi levada para o hospital Biocor e está sendo submetida a uma cirurgia.
Apesar de ainda não ter feito pronunciamento oficial, a Polícia Militar confirmou que o alvo dos disparos era a apresentadora. Um homem, ainda não identificado conteve o atirador e o baleou. O atirador morreu no hotel. 
Anna Hickmann iria participar de lançamento de coleção de roupas na tarde desse sábado, no bairro Belvedere, em Belo Horizonte. 

Servidor da Polícia Civil é novamente acorrentado ao Banco do Brasil



Depois de anos com liberdade para escolha novamente o servidos da Polícia Civil de Minas Gerais será obrigado a receber seus vencimentos pelo Banco do Brasil.

Não foram informadas as razões da decisão mas muitos servidores não gostaram da medida considerando que o Banco do Brasil cobra taxas para quase todos os procedimentos.
Em muitos casos servidores optaram por deixar o Banco do Brasil por questões de má qualidade dos serviços prestados.

Juros na alturas.

Os juros do Banco do brasil se comparado ao das Credis ligadas ao Bancoob e também é muito maior chegando a 300% a diferença o que deixa os servidores de cabelo em pé.  




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A primeira-dama e o hacker

Depois de Marcela Temer ter seu celular clonado, ela e familiares passam 45 dias na mira de um chantagista. A prisão do criminoso envolveu quarenta policiais

Por: Ullisses Campbell

20/05/2016 às 21:53 - Atualizado em 20/05/2016 às 21:53
Marcela Temer: Irmão pagou 15 000 reais a hacker que ameaçava divulgar fotos íntimas da mulher do presidente interino
Marcela Temer: Irmão pagou 15 000 reais a hacker que ameaçava divulgar fotos íntimas da mulher do presidente interino



O hacker que, no início de abril, clonou o celular de Marcela Temer e chantageou sua família com a ameaça de divulgar fotos íntimas dela afirmou à polícia que, num primeiro momento, não sabia que sua vítima era a mulher do então vice-presidente da República. Em depoimento a que VEJA teve acesso, Silvonei José de Jesus Souza, de 35 anos, contou que pinçou o nome de Marcela de um HD pirata que continha dados pessoais de assinantes de um portal da internet.

Ele confessou que, depois de invadir os arquivos da hoje primeira-dama, extorquiu 15 000 reais do irmão dela, Karlo Tedeschi. Disse ainda que, ao saber quem era Marcela, tentou avançar na extorsão e obter mais 300 000 reais. Souza foi detido no último dia 11 em Heliópolis, na Zona Sul de São Paulo, em uma operação de cinema, que envolveu quarenta agentes à paisana em onze carros. Ele está preso na carceragem da Divisão Antissequestro e deve ser indiciado por extorsão.

O caso corre sob sigilo de Justiça.
O hacker disse que teve acesso a fotos de Marcela quando explorava aleatoriamente os arquivos do HD pirata, que ele adquiriu no bairro paulista de Santa Efigênia, reduto de comércio de eletrônicos. De posse de agenda de contatos de Marcela, clonou seu celular e escreveu a Karlo Tedeschi fingindo ser a primeira-dama. Na mensagem, a falsa Marcela dizia ao irmão estar sendo chantageada por um hacker que teria em seu poder duas fotos íntimas dela e pedia que depositasse 15 000 reais em uma conta bancária para que o bandido não divulgasse o material. Karlo Tedeschi caiu no trote e fez o depósito dos 15 000 reais no dia seguinte.

Duas semanas depois, ao saber que sua vítima era a mulher do então vice-­presidente da República, Souza decidiu partir para um ataque mais ambicioso. Passou a ouvir todas as mensagens de áudio do celular de Marcela armazenadas em sua conta no Whats­App. Selecionou trechos que julgou comprometedores e, desta vez, procurou a própria Marcela, de quem exigiu 300 000 reais sob pena de divulgar uma mensagem em que ela dava conselhos políticos ao irmão. Karlo Tedeschi é filiado ao PSDC e está em pré-campanha para vereador no município de Paulínia, berço da família Tedeschi. Nesse momento, quando Souza abordou Marcela, o impeachment de Dilma Rousseff estava prestes a ser votado no Senado, e Temer já começava a montar seu ministério.


Em uma das viagens que fez a São Paulo, no fim de abril, o vice teve um encontro reservado com o então secretário de Segurança Pública do estado, Alexandre de Moraes - que acaba de tomar posse como titular do Ministério da Justiça. No encontro, Temer contou o que estava ocorrendo e pediu que prendessem o hacker chantagista o mais rápido possível. Moraes recrutou policiais de estrita confiança no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e determinou que a operação fosse conduzida pelo delegado especial Rafael Correa em absoluto sigilo.

Na manhã do último dia 11, quando a mulher de Souza se dirigia a uma creche em Heliópolis onde diariamente deixa seus filhos, foi surpreendida por um vasto cerco policial. Detida, ela conseguiu enviar uma mensagem ao celular do marido, avisando que a polícia estava no seu encalço. Souza, então, sem saber que seu telefone já estava sendo monitorado, ligou para um advogado amigo. A ligação permitiu que a polícia o localizasse e o hacker foi preso logo depois da mulher, ainda nas proximidades de seu apartamento. A polícia prendeu outros dois homens, um deles dono da conta bancária que recebeu os 15 000 reais depositados pelo irmão de Marcela. À exceção do hacker, os detidos já estão em liberdade. A investigação encontra-se agora no Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária (Dipo), nas mãos do coordenador da divisão, o juiz corregedor Antonio Maria Patiño Zorz. De lá, a peça será encaminhada ao Ministério Público, onde poderá ser oferecida como denúncia à Justiça ou arquivada. O promotor que pegar o caso pode ainda achar que faltam provas suficientes para transformar o hacker em réu e pedir novas diligências.

Um dos envolvidos na operação relatou a VEJA que os investigadores chegaram a cogitar a possibilidade de que por trás da ação do hacker estivesse uma organização partidária interessada em causar danos políticos a Temer. Nada encontraram nesse sentido. "Vasculharam a vida dele (Souza) de cabo a rabo. Quando o prenderam, sabiam desde a data de nascimento da sua mãe até o dia do falecimento da sua avó." Os cuidados para manter total sigilo sobre a investigação incluíram até mesmo a omissão do nome dos envolvidos nas principais peças do inquérito policial.

No depoimento dado por Souza, por exemplo, todos os nomes que ele citou foram substituídos por codinomes. Quando o hacker fazia menção a Marcela, o escrivão registrava "Mike". Quando o hacker se referia a ele próprio, o nome que ia para os autos era "Tim". Karlo, o irmão da primeira-dama, virou "Kilo".

Segundo consta no depoimento do hacker, as fotos íntimas apenas mostravam a primeira-dama de lingerie. Não é nada devastador, mas só exibicionistas não se incomodam em ter sua intimidade exposta dessa forma. O trecho do áudio, no entanto, é intrigante porque não parece justificar uma chantagem. No depoimento, o hacker diz que a gravação mostraria Marcela dizendo ao irmão que ele precisa "fazer como Michel, se aproximar dos pobres". Fica difícil entender o motivo pelo qual uma frase tão inofensiva como essa - ou melhor, até elogiosa - poderia ser usada contra alguém. Um participante do episódio mencionou a VEJA uma mensagem de conteúdo diferente, mas essa versão não consta nos autos.

Os áudios usados por Souza para extorquir Marcela Temer dificilmente virão a público. Mesmo que a Justiça decida na próxima semana suspender o sigilo do caso, o que é praxe ao término das investigações, é provável que os advogados de Marcela peçam a destruição das provas, incluindo fotos e áudios. Esse tipo de pedido costuma ser aceito pelos juízes, já que, em casos como esse, o que se julga é a prática de extorsão, e não o objeto dela. A medida é justa. Afinal, Marcela e seus familiares são vítimas e não precisam passar por novos constrangimentos.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Gente "boa":Filho mata mãe a pauladas dentro de casa em Abaeté


Suspeito confessou o crime; segundo a Polícia Civil, 

a motivação ainda será apurada durante as investigações

PUBLICADO EM 18/05/16 - 10h42
CAROLINA CAETANO

Um homem de 33 anos foi preso após matar a própria mãe,
 nessa terça-feira (17), em Abaeté, na região Cento-Oeste 

do Estado. A vítima foi assassinada a pauladas dentro de casa.

De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar, 
Marieta Inácio da Silva foi encontrada no sofá da residência, 
localizada na rua Jader Moura, no bairro Simão da Cunha, 
com muito sangue pelo corpo. Ao lado dela estava um pedaço de pau.

A idosa chegou a ser encaminhada ao Pronto Socorro da cidade, 
mas não resistiu aos ferimentos. Durante o registro da ocorrência,
 uma pessoa contou que o filho da vítima confessou o crime. 




Ele apareceu no imóvel minutos depois e também afirmou para 
os militares que tinha matado a mãe. No entanto, o motivo 
não foi esclarecido. Segundo a Polícia Civil, a motivação do 
crime será apurada durante as investigações, há indícios de que
 o suspeito sofre de depressão. O criminoso foi encaminhado à 
Delegacia de Plantão de Abaeté.